28.1.21

Lately in confinement











 
Os dias voltaram a ser passados entre quatro paredes e, à excepção das ocasionais caminhadas entre escola e casa, antes das escolas fecharem, tudo o resto passou a estar mais dependente dos humores de cada um e da quantidade de luz que nos entra em casa pela janela. Por já não ser a primeira experiência de confinamento, ajustámos as nossas rotinas (ou falta delas) e expectativas muito mais depressa do que há um ano atrás e, num instante, passámos a viver um dia de cada vez, mais devagar, sem contar quantos mais faltam para tudo mudar novamente. Se há coisa que esta pandemia nos tem ensinado, é que nada nos é garantido actualmente, e não vale a pena fazer planos. Mas assim fica difícil gerir a esperança e tudo parece estar de molho num qualquer limbo sem forma. Há dias em que a melancolia se abate sobre mim, numas saudades enormes de estar na natureza, com a minha família, ou simplesmente a ver a minha filha brincar livremente num parque. É duro ter de cortar todos os sonhos a curto prazo de uma criança de 5 anos, porque ainda é muito cedo para lhe explicar que nos basta sentir alegria com coisas pequenas e mundanas, quando há ainda tanto mundo lá fora por explorar! Mas reúno as minhas forças nos pequenos verdes cá de casa, esperando cirurgicamente por mais dias de sol, e procurando abrigo no amor que nos une, o aqui e agora em que estamos todos juntos, mais seguros, e a esperança que tudo isto seja para um bem maior, para um mundo melhor...

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Days have been once again spent between four walls and, with the exception of the occasional walks between home and school, before the schools closed, everything else became more dependent on each one's moods and the amount of sun light that enters our home through the window. As this isn't our first confinement experience, we have adjusted our routines (or lack of them) and expectations much faster than a year ago and, in no time, we started to live one day at a time, more slowly, not counting how many more there's left until everything changes again. If there's one thing this pandemic has taught us is that nothing is granted these days, and there's no point in making plans. But it's hard to manage hope and everything seems to be soaking in some kind of shapeless limbo. There are days when melancholy hits me, and I long to be in nature, with my family or just watching my kid playing freely in a park. It's tough to have to cut all the short term dreams of a 5 years old child, because it's too early to explain that it's enough to be content about small and mundane things, when there's so much world out there to explore! But I gather my strength in the small greens of our home, waiting surgically for more sunny days, and seeking shelter in the love that bonds us, the here and now where we are all together, safer, and the hope all this is for a higher good, for a better world...

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