30.1.13

Note to self: da normalidade








































Now is the moment that never ends
(Deepak Chopra)

Os dias normais, aqueles em que nada de especial ou diferente acontece, são normalmente esquecidos e não entram nos nossos registos de vida. Depois de ler este artigo (obrigada Rita pela partilha!), fiquei a pensar que, mesmo nesses dias, há sempre qualquer coisa que os torna únicos e que me faz sorrir, ainda que por breves instantes. Por exemplo:

- a luz é diferente em cada dia, e já estou bem treinada para reparar nela. Há dias em que tudo é banal, mas a luz é incrível e única
- o comportamento do meu gato, apesar de bastante repetitivo e cíclico, tem dias em que é especialmente calmo ou meigo ou contemplativo, e isso transmite-me paz
- o silêncio da manhã, por vezes, é tão intenso, que me faz reparar nele (e sorrir)
- uma breve memória feliz, desencadeada por um cheiro, uma imagem ou um som
- a música que o shuffle escolhe por mim  - há dias em que acerta em cheio e me enche de energia
- uma ideia criativa, durante a minha caminhada para ou do trabalho, que me faz fervilhar de inspiração
- um breve instante de gratidão, uma lembrança de que a vida é algo de maravilhoso e que tenho muita sorte

Tenho a certeza que a felicidade está em treinar-mo-nos para nos apercebermos destas pequenas coisas mais vezes, e segurá-las por mais algum tempo do que um breve instante. E sermos capazes de as ir buscar nas alturas em que o vazio, a angústia ou o tédio nos assaltam! Porque aquilo que tomamos por garantido é, na verdade, o nosso maior bem.

1 comment:

ana said...

e a isso se chama sabedoria :)
um beijinho*