23.12.04





Carta para o Tempo do Vento





Esta carta é para o vento

O vento que nos consome

Este o retrato que tento

O espelho azul do meu nome.



Para o tempo repartido

Na confissão dos fracassos

Na alegria de ter braços

Abertos para um amigo.



Esta carta é do deserto

Foi ditada pelo vento

O homem está mais perto

De ser por fora e por dentro.



Esta carta é de distância

Tão bela quisera ser

Homem adulto de infância

Não voltarás a sofrer.



(José Carlos González)





Feliz Natal! Que o novo ano vos traga muitos sorrisos!

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