Carta para o Tempo do Vento
Esta carta é para o vento
O vento que nos consome
Este o retrato que tento
O espelho azul do meu nome.
Para o tempo repartido
Na confissão dos fracassos
Na alegria de ter braços
Abertos para um amigo.
Esta carta é do deserto
Foi ditada pelo vento
O homem está mais perto
De ser por fora e por dentro.
Esta carta é de distância
Tão bela quisera ser
Homem adulto de infância
Não voltarás a sofrer.
(José Carlos González)Feliz Natal! Que o novo ano vos traga muitos sorrisos!
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