1.3.21

About February

Fevereiro foi cá um mergulho... num tempo sem espaço e num espaço sem tempo. Onde todas as emoções e ausências se misturaram, assim como todos os papéis da minha existência, as minhas dualidades, as minhas culpas e falhas (ou ideia delas). Foram muitos dias cá dentro, a tentar gerir um dia após o outro sem ritmo, a manter todos os pratos a girar ao mesmo tempo o melhor possível. Creio que todas as mães (e não só) em confinamento têm sentido algo assim. Estar e não estar, querer estar e querer algo mais também. Este mês serviu para perceber que o tempo já não é o mesmo, não é garantido e não tem estrutura, há que navegar ao sabor da corrente o melhor que se puder. Por vezes perdem-se coisas pelo meio, por vezes perdemo-nos nós. Mas levamos as nossas bóias, cada um tem as suas, e vamos subindo à tona e avançando de forma errante. As minhas têm sido todas as coisas em que me vou tentando focar e que me trazem a gratidão e a esperança. Pequenos momentos bolha de oxigénio, raios de sol e todo o verde a que me puder agarrar dentro de 4 paredes e à volta delas. Ajuda também perceber do que é tenho mais saudades, e do que não tenho. Porque, mais cedo ou mais tarde, vamos ter de sair do abrigo e ir buscar aquilo que nos faz falta e por que vale a pena lutar. 
Bem-vindo Março, por favor deixa a Primavera ficar! 

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February was such a dive... in a time without space, in a space without time. Where all the emotions and absences got mixed together, as all the roles of my existence, my dualities, my guilts and flaws (or idea of them). There were many days inside, trying to manage day after day without rhythm, trying to keep all the plates spinning at the same time as best as possible. I believe all mothers (and not only) in confinement must have felt something like this sometime. Being and not being, wanting to be and also longing for something else. This month served to realize that time is no longer the same, it's not granted anymore, it has lost its structure, and all we can do is to sail with the flow the best we can. Sometimes we will loose things along the way, sometimes we'll loose ourselves. But we bring our buoys, each one has its own, and we go surfacing and getting through it erratically.  Mine have been all the things I'm trying to focus on that give me gratitude and hope. Tiny oxygen bubble moments, rays of sunshine and all the green I can hold on between 4 walls and around them. It also helped to reflect on what I miss the most, and what I don't. Because sooner or later we will have to leave this shelter and go get what we need, and what is worth fighting for. 
Welcome March, please let Spring stay!



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