"O sempre, como disse Emily Dickinson, é composto de “agoras“. Mas como é que se habita o agora em que se está? Como é que se impede a entrada dos fantasmas de todos ou outros “agoras“? Em suma, como é que se vive?"
(Matt Haig, Como parar o tempo)
A realidade da fragilidade. Da nossa vida, da nossa própria realidade, até da nossa liberdade. Será que estamos assim tão vivos? Será que somos livres? Será que nos habitamos verdadeiramente? E quando a luz se apaga, conseguimos iluminar-nos por dentro?
Abril não me trouxe resposta a estas perguntas, mas desdobrou-as em muitas mais. Reflexões, momentos de clareza no meio de tanto nevoeiro.
Quando tudo parece confuso, é a mexer na terra que me encontro. Ou perco, se for disso que necessito. Abril trouxe-me esse prazer, numa ilusão consciente de conseguir domar um pouco a natureza do jardim. Trouxe-me também o prazer de me perder em paisagens fora de mim. Nada como sair para regressar mais ancorada.
Foi um mês bonito e, apesar de tudo, luminoso :)
Bem-vindo Maio, mês das flores!
...
The reality of fragility. Of our life, our own reality, even our freedom. Are we really that alive? Are we free? Do we truly inhabit ourselves? And when the light goes out, can we find light within?
April didn't bring me answers to these questions, but unfolded them into many more. Reflections, moments of clarity amidst the fog.
When everything seems confusing, it is by touching the earth that I find myself. Or loose myself, if that's what I need. April brought me that pleasure, in a conscious illusion of being able to tame the nature of the garden. It also brought me the pleasure of losing myself in external landscapes. There's nothing like going out in order to come back more anchored.
It was a beautiful month, and despite everything, a bright one :)
Welcome May, the month of flowers!
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