21.3.07



Às vezes eras assim: adormecias como um pássaro nos ombros e na garganta. Eras, então, a árvore e o ninho, o canto do pássaro. E eras também, por isso, uma dessas aves a que chamam canoras e trazias acordada no ouvido. E eras, também por isso, um búzio, um búzio com asas.

(Albano Martins, in Frágeis são as palavras)




Feliz dia da Poesia, da Primavera e da Floresta!

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