![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75JXMBV8vPqViU-cFUYOT5jTLd6IwkMpT2gwzCPQ1yujsm7nQ282CGG31LqLMlOjL6cvYUtbzBF2s43mtGehIY-YZKXHiKZI7zyCmiHP9XAGbTUD5BnvI_5-ZfWLgDVDDiQJJ/s400/33.jpg)
Photo by Nuno G.
"(...) Ele abeirou-se da janela e ficou a vê-la partir. Ela abriu a janela do carro e acenou-lhe, e, subitamente, estavam a acenar com uma intensidade e insistência com que nunca ninguém acena. Ela estava a chorar e a agitar-lhe a palma da mão, para a frente e para trás num semáforo urgente, como se quisesse apagar o ar matinal, por favor, todos os pactos, todas as juras, acordos, velhos e novos. Ele debruçou-se da janela e, com a mão sinaleira, aceitou em deixar a noite ir-se embora, em deixá-la ir em liberdade, porque tinha tudo quanto precisava dela fixo numa tarde. (...)"
(Leonard Cohen, in O jogo favorito)
(Leonard Cohen, in O jogo favorito)
No comments:
Post a Comment