![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilsc87MGoXLUxJfPV-2ruEYSSitVCGqnVrUVEYBWu6I5nKI2mCDYo7Rrxj0YPKzCs0cUSGQ0cT9t4TOgP8xUTs_AYKAhOZwW52b91vr7K9CqmRUrv2hVKVNEb8AK43JxoKzB-_/s400/fx150+028473.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibDLVRxB2Xi2LoosNHAQaEg3mLFuW-iQ3uKIEpcQTO4Py-IlrpLV8e_m5FIZy7e4C7As28Ch2m1KsFT_2R3G_7lr10FFIAlg4OH9mHGnzQjbDiUIYhfRdKlUCTftYn84q92FdJ/s400/fx150+028484.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxJaAMx-F9dS4UcF_dZLH5NOUqzOXTFHayZ7lv_j5NXK95iYOQ_LPL8sedMCQGJTGV_GiBNxjt9ZUDVJvvnsDr0ExvY6nNYw6nXy-7at8SyoIb6DIlT8y09P5Ut7D8nUyHcHpi/s400/fx150+028478.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhceHC5F052eZpTbjQZTqzuPEt66MlH5Su0otGNOjGQuUAEKIKFhS9Fw3j8mgLhpGaiZCVGLjMRi30WHz8nga2CIS-1FOq042mYMDltJnfZHBpeg0lFpF1bG8r42XjqOl62xX4d/s400/fx150+028483.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitwFIBAVFMsTP8MGfbFDdz8sJeFkKM13BsLiJkClZa81OXrt2gOAYfsA2xknlOFfMZnzPt8kb8aYjJlpZ3kNMMyRnie9Dn1cNEUsk-0jUs3agNGh2WKFuhiRtOyhwiZieWxK3v/s400/fx150+028380.jpg)
Há dias atravessei a pé a cidade de uma ponta à outra, ao entardecer. Sozinha, na companhia da minha música e dos meus pensamentos. No caminho lembrei-me do dia em que voltei para cá e da diferença que notei nas pessoas e nos seus hábitos, nas ruas cheias de gente a correr, a caminhar, a passear os filhos ou os cães, mesmo ao anoitecer, sem problemas. Quando o tempo aquece, a cidade ganha uma nova vida, muito devido às estruturas que se criaram junto ao rio, e que continuam a aumentar, e também aos novos comportamentos, mais saudáveis e abertos., menos focados nas aparências. Posso dizer que a minha cidade mudou muito nos últimos 15 anos, e para melhor! Se não fosse isso, teria sentido um choque muito maior quando voltei. Faz 4 anos e meio que estou aqui. Há dias em que me sinto sufocada e cansada de ver sempre as mesmas coisas, passar nas mesmas ruas. Outros sinto-me segura e confortável com as vantagens de uma cidade pequena, com a família por perto, a 5 minutos de tudo. Durante este passeio, senti-me bem aqui!
Bom fim-de-semana!
Bom fim-de-semana!
1 comment:
Escrevia à mão a cidade
Habitava da cidade
os lugares mais pequenos.
Limpava-lhe o pó,
pintava-lhr os cabelos,
escondia-lhe as rugas
(chegava mesmo a deitar-se
ou a deitar areia sobre as ruas abertas).
Às vezes chorava-lhe no centro
a ausência,
ou matava-lhe os homens
que corrompiam os homens.
Por fim,
esquecia-lhe as feridas.
Escrevia à mão a cidade
e a cidade escrevia-se
sobretudo
no cinzento
no esquecimento.
Eram tão simples as palavras
da cidade,
mas complexos os amigos
que dela habitavam
os lugares mais pequenos.
Filipa Leal
in
A cidade Líquida
e Outras Texturas
(Deriva Editora)
Post a Comment