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Todos os dias ela percorria a quinta. No Outono apanhava castanhas esmagando com o pé os ouriços verdes. No Inverno colhia violetas e camélias. Na Primavera trepava às cerejeiras para comer as primeiras cerejas doces, escuras e vermelhas. E também subia às árvores onde todos os anos havia ninhos, ninhos redondos feitos de ervas, folhas secas e penas e que tinham lá dentro quatro ovos verdes sarapintados de castanho. Caminhava entre o trigo que era como um doce mar, aéreo e leve. Às vezes passava horas a ler sob o caramanchão onde as flores lilases das glicínias pendiam em grandes cachos perfumados rodeados de abelhas. Ou caminhava devagar na luz verde do parque escutando o rumor das altas copas dos plátanos. E conhecia o lugar onde, escondidos entre ervas e folhas, cresciam os morangos selvagens. (...)
(Sophia de Mello Breyner Andresen, A Floresta)
Um lugar encantado aqui tão perto... Descobrimos o Parque do Pisão nas férias da Páscoa, cheio de recantos bonitos onde me imagino a passar longas à sombra de uma árvore a ler, a desenhar, ou simplesmente a ser, como parte integrante deste todo vivo e pulsante.
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An enchanted place so close from here... We've discovered Pisão park on Easter vacations, full of beautiful places where I imagine myself spending long hours under a tree reading, drawing, or simply being, as an integral part of this living and pulsating whole.
2 comments:
Tão bonito! Parece mesmo um bosque encantado...
Adorei as fotografias
Aqui perto também há uma Quinta do Pisão :)
Gostamos muito de ir lá passear.
Obrigada Dulce 😊 Que giro terem também um lugar que gostam com o mesmo nome! Beijinhos grandes
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